Meia Maratona de Cascais 2022

No passado Domingo, 24 de Abril, teve lugar a meia-maratona de Cascais. Mas antes, um pequeno prelúdio:

Então parece que tenho um blog e, vai para mais de dois anos, não punha cá os pés? De volta e, esperemos, com um pouco mais de regularidade.

Apesar de ter estado ausente deste cantinho não parei de treinar, muito antes pelo contrário. Pouco após o meu último post, em Outubro de 2019, a pandemia virou o mundo das avessas. Mesmo durante os períodos mais críticos procurei manter-me o mais activo possível e focado naquela que viria a ser a próxima maratona: Valência. Primeiro em 2020 e, posteriormente, adiada para 2021 (curiosamente no dia do meu aniversário). 

Ao longo dos meses consegui evoluir muito positivamente nas várias distâncias (17:23 aos 5K, 35:43 aos 10K e uns algo modestos 1:22:47 à meia maratona) tendo culminado na referida maratona. Num dia (e numa final de preparação) bastante complicada e com algumas lesões a re-aparecerem foi possível ainda assim, atingir um objectivo que desde que comecei a correr ambicionava, as sub 3 horas, ainda que no limite: 2:59:53. 

De volta então ao presente.

A meia de Cascais não é uma prova nada fácil mas a qual já conheço os cantos à casa, não só por ser participante regular como também ser, afinal de contas, um dos meus locais mais habituais de treino.

Além de ir com o claro objectivo de melhorar o meu recorde pessoal à distância (referido acima e, comparado com as restantes marcas, bastante modesto) queria também tentar correr abaixo das 1h20. Se seria possível ou não, só no fim conseguiria dizer.

O ponto de encontro com a malta do GFD Running estava marcado para as 8:00 (uma hora antes da prova) para a distribuição dos dorsais e onde foi possível rever algumas caras que já não via há bastante tempo e, assim, dar dois dedos de conversa.

Meia hora antes da partida fui trocar de equipamento e começar o aquecimento em direcção à partida. Por norma gosto de, no mínimo, fazer uns 10 minutos de aquecimento e no fim umas rectas para conseguir começar rápido e solto! Apesar de ter havido uma confusão com os dorsais (e começar numa caixa de partida anterior) entrei cedo e acabei por conseguir partir bastante lá para a frente.

Os primeiros quatro quilómetros da prova são tecnicamente desafiantes já que ou se sobe, ou se desce, pelo que é necessário controlar bem o ritmo. Apesar de nas subidas naturalmente abrandar ligeiramente consegui manter um ritmo estável e gerível. Passados esses quilómetros iniciais começava então a prova a sério, na estrada do Guincho. Acabei por me juntar a um grupo de atletas do NAZA o que foi óptimo, visto que ora puxava um ora puxava outro. 

As coisas complicaram-se, no entanto, após o retorno ao quilómetro doze. Num dia que parecia bastante ameno, começou-se a sentir o vento o que, com as pernas já a começarem a ficar cansadas, dificultou a tarefa de tentar manter o ritmo. O facto de estar inserido no tal grupo foi essencial porque tornava possível protegermo-nos, alternadamente, do vento. 

Durante este regresso, apesar do vento, fui sempre tentando descolar mas sempre de maneira infrutífera. Só nos últimos três quilómetros, e com as subidas de regresso à guia (à óptica da minha modesta capacidade para correr, acaba por ser um dos meus pontos fortes, as subidas) consegui finalmente impor algum ritmo e ultrapassar mais alguns atletas. 

Apesar de, desde meio de prova, ter percebido que não ia ser possível baixa da 1h20 tentei, ainda assim, dar um push final e acabei em 1h21m12seg. Lugar 27 da geral e 7 do escalão.

Não tendo sido o objectivo inicial não deixa, ainda assim, de ser um RP de cerca de minuto e meio numa prova tecnicamente algo complicada. Duas semanas antes tive algumas queixas num isquiotibial e, obviamente, estava algo apreensivo para a prova. Felizmente não acusei, de todo, a questão pelo que esse foi outro ponto positivo. O facto de ter feito o troço final ainda forte e solto deixou, também, boas indicações. Bom mesmo foi ter sentido finalmente que estava numa prova como há dois anos atrás, antes do Covid, e isso valeu por tudo.

O GFD Running conseguiu ainda o 2o e 3o lugares da geral, por intermédio do Bruno Lourenço e do Carlos Cardoso.

Ficou a vontade de continuar a treinar mais e melhor (e perder algum peso…) porque este ano há muito objectivo a cumprir…!