A CAMINHO DE BERLIM, DEPOIS DE UMA OPERAÇÃO! SEMANA #14

Um azar nunca vem só. Após algumas semanas a lidar com a questão da fascite plantar, no Domingo que fechou o relato anterior estava bastante satisfeito: não só o treino tinha saído bastante bem como, durante a tarde, a fascite mal deu sinal. Mal sabia o que esperar!

Segunda feira fui fazer os meus religiosos 15kms (cerca de 1h15) e apesar de sentir as pernas algo cansadas – o que seria expectável, dado o longo do dia anterior – não senti nada de mais. Ainda assim optei por seguir a um ritmo mais lento, para facilitar a recuperação. No entanto, com cerca de metade do treino feito, começei a sentir alguma tenção no quadricipe direito e, com o passar dos quilómetros, significativas pontadas/choques perto da inserção junto ao joelho. Não agourava nada de bom e a verdade é que nós pós treino fiquei com aquela zona bastante dorida e inclusivé com alguma dificuldade a subir e descer escadas. Durante o dia procurei alongar e recuperar ao máximo a zona o que pareceu ajudar. Terça fiz novo teste e, num treino que seria de 60’ acabou só por ser de 50’. Pouco depois de meio as dores voltaram com a mesma ou mais intensidade.

Quarta-feira fui avaliado pelo Ernesto, no GFD (com total abertura para me ver o mais rapidamente possível!) e confirmou-se que era uma micro-rotura… Fiz os tratamentos adequados e fiquei de fazer um teste passados 2 dias, no sábado.

Assim fiz. O objectivo era rolar 60’ e, se me sentisse confortável, ir aumentando o ritmo. Optei por fazer a primeira metade mais lenta e, como não senti nenhuma pontada na zona fui aumentando progressivamente o ritmo até cerca dos 4min/km. Primeiro teste passado! Domingo era dia de longo, com 2h30m e assim já ia mais confortável para fazer o mesmo.

Domingo comecei então o treino no Parque das Nações sendo que a ideia era juntar-me à Rita, e mais tarde ao Fábio, depois de eu já ter cerca de 5kms. Os primeiros quilómetros foram feitos a ritmo mais confortável, para testar o quadricipe e, parecendo tudo ok, acelerámos até estabilizarmos nos 4:20/km. O treino seguiu sem grandes problemas mas a partir dos 25/26 a coisa começou a ficar complicada até que aos 28 tive inclusivé de parar. Vamos por partes:

  • Creio que desde o inicio do treino não estava psicológicamente a 100%. A questão da micro-rotura não me deixava totalmente confortável e parece-me que nunca estive totalmente confiante em andar a ritmos altos.
  • No Domingo, além da temperatura quente estava também uma humidade mais alta que o normal. Apesar de ter levado água não me parece que tenha feito uma hidratação adequada, o que me causou algumas dificuldades na parte final do treino
  • Levei 4 geis sendo que tomei o último ao km 28. Até agora nunca tinha experimentado nenhum com cafeína e levei um para testar. Nem 3/4 minutos depois de o tomar começei a sentir pontadas/dor de burro que me levaram a parar. Decididamente cafeína não é para mim.

Um treino que daria cerca de 34kms acabou por ser cortado para 30km visto que não queria, de todo, forçar a coisa e reincidir nalguma das lesões. Retiro, no entanto, alguns pontos positivos como o facto de saber que a questão da micro-rotura parece bem encaminhada e que geis de cafeína são para evitar, no futuro!

Em resumo, é facil perceber que esta semana foi decididiamente mal conseguida! Podia, no entanto ser pior, já que as lesões que têm surgido têm sido, por equanto, tratadas com relativamente facilidade e não têm tido consequências duradouras. Esperemos que assim se mantenha!

Nota de relevo: 1000 quilómetros percorridos desde o início da prepa

Semana #14:

  • Segunda Feira: 15K CCL
  • Terça Feira: 50′ CCL + Reforço + 20′ Bike
  • Quarta Feira:  —
  • Quinta Feira: —
  • Sexta Feira: 30′ Bike
  • Sábado: 60′ Progressivos
  • Domingo: 150′ -> 130′

Volume total semana de kms de corrida (67 kms)

Total desde início: 1000 Kms